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O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), apresentou nesta terça-feira (25) requerimentos pedindo a convocação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, para explicar a afirmação de que imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto são apagadas periodicamente.

Os requerimentos pedem a convocação de Félix para o plenário da Casa e na comissão de segurança da Câmara. As propostas precisam ainda ser votadas e aprovadas para a audiência se realizar.

O pedido tem como base a controvérsia em torno do suposto encontro entre a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira. No encontro relatado por Lina, a ministra teria pedido a ela para "agilizar" as investigações da Receita sobre os negócios de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Dilma nega o encontro e o pedido.

O gabinete de Félix informou não ser possível ceder imagens do ano passado das câmeras de segurança do Palácio porque elas foram apagadas. A requisição das imagens havia sido feita pela Câmara dos Deputados, atendendo pedido formulado por Caiado.

A oposição agiu de várias formas nesta terça tentando conseguir as imagens. O líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC), apresentou nesta terça pedido formal ao general Jorge Félix, para que apresente as cópias de segurança (backup) das imagens registradas no Palácio do Planalto nos últimos seis meses de 2008.

No Senado, o vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), protocolou nesta terça-feira (25) um ofício no Palácio do Planalto solicitando ao ministro Jorge Félix cópia do contrato entre o Executivo e a empresa responsável pelo circuito interno de imagens do Palácio.

O DEM protocolou nesta terça, no Ministério Público Federal (MPF), uma representação contra o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O partido pede que seja aberto um procedimento investigatório para apurar as condutas praticadas pelo ministro chefe do GSI, general Jorge Félix, que, segundo a legenda, teria "queimado provas".

Reportagem do G1 mostrou que a segurança da Presidência neste quesito é mais frágil que a de governadores. Enquanto o sistema de vigilância eletrônica do Palácio do Planalto armazena as imagens por um período médio de 30 dias, a estrutura de proteção do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), por exemplo, mantém em DVD o histórico das movimentações registradas no Palácio Guanabara.

O procedimento adotado no local de trabalho do governador carioca — considerado rotineiro por entidades do setor de segurança privada, mas dispensado pela Presidência — torna possível a investigação e identificação de suspeitos que tenham circulado pelas dependências do Palácio Guanabara meses antes do registro de uma suposta ocorrência.

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