Líderes do DEM, PSDB e Solidariedade na Câmara confirmaram nesta segunda-feira, 7, que só indicarão membros para a chapa “avulsa” da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff articulada por deputados da ala do PMDB insatisfeita com o perfil “moderado” das nomeações do líder do partido, Leonardo Picciani (RJ). A novidade provocou o adiamento da eleição do colegiados para esta terça-feira, 08.
PARANAENSES
Três paranaenses estão cotados para integrarem a comissão especial do impeachment. O Solidariedade vai indicar o deputado federal Fernando Francischini tanto para a chapa 1 quanto para a chapa 2, encabeçada pela oposição. Já os deputados federais pelo PMDB João Arruda e Sergio de Souza podem integrar a chapa 1. Os nomes ainda não foram oficialmente divulgados.
O presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, explicou que DEM, SD, PSDB, PPS, PSC, PSB e PHS devem fazer parte da chapa paralela articulada pela ala descontente do PMDB. Segundo ele, DEM, PSDB, PPS e SD só indicarão membros para a chapa avulsa. Já outros partidos poderão indicar membros para as duas chapas.
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Os articuladores estão em busca de novos partidos, para completar 33 nomes, número mínimo de candidatos exigido para que uma chapa seja considerada válida. Os oito partidos já anunciados só têm direito a indicar 26 deputados. “Se uma das chapas ganhar, aí tem que ter uma eleição suplementar para complementar o resto dos membros que estão faltando”, explicou Paulinho. Segundo o Regimento Interno, a comissão deve ser formada por 65 deputados.
“Chapa branca não dá”, comentou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), confirmando que o DEM só deverá indicar membros para a chapa avulsa. O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), também confirmou à reportagem que seu partido só indicará membros para a chapa paralela.
Comitê Nacional do Impeachment
Paulinho ressaltou ainda que o grupo pró-impeachment criará o Comitê Nacional do Impeachment. O grupo será formado por deputados, entidades e membros da sociedade civil. Uma das ações, ressaltou, será colocar carros de som em frente à residência de deputados que são contra o afastamento, para pressioná-los a apoiar o impeachment.
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