O secretário de Comunicação do governo do Estado de São Paulo, Hubert Alquéres, rechaçou nesta quinta-feira que a demissão do presidente do Metrô esteja relacionada com o acidente que resultou em sete mortes e denúncias de irregularidades em obras de uma estação. Para ele, foi um ato apenas administrativo.
``O presidente do Metrô pediu demissão, que foi aceita (pelo governador José Serra, PSDB). Isso é um ato administrativo absolutamente normal, corriqueiro'', disse o secretário a jornalistas no Palácio dos Bandeirantes.
``A vida continua, de vez em quando troca-se a guarda'', insistiu. Com presença prevista em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, Serra não compareceu.
Luiz Carlos David pediu demissão na quarta-feira à noite, alegando ``motivos pessoais''. Foi substituído interinamente pelo secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella.
``Portella tem total e irrestrita confiança do governador'', afirmou Alquéres respondendo que não há pressa para o anúncio do novo presidente do Metrô.
Ele disse ainda que David é um técnico competente e que continua a contar com a admiração do governo.
No dia 12 de janeiro, um desmoronamento nas obras da futura estação Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, deixou sete mortos e quase duas centenas de desalojados, pessoas que moravam nas imediações da obra, que pertence à Linha Amarela. Várias casas na região da estação também foram interditadas e algumas tiveram que ser demolidas.
Depois, em 15 de fevereiro, um acordo entre o Consórcio Via Amarela -responsável pelas obras- e o Ministério Público de São Paulo, paralisou parte das obras de construção da linha para a realização de laudos de segurança.
A decisão foi tomada após a divulgação de documentos apontando problemas nas soldas da futura estação Fradique Coutinho, também na zona oeste paulistana.
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