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A investigação da denúncia de um esquema de corrupção na Assembléia Legislativa, o chamado caso do mensalinho, acabou não tendo conseqüência alguma. O Conselho de Ética da Casa aprovou ontem o arquivamento do processo contra o deputado estadual Edson Praczyk (PL). O entendimento dos conselheiros é de que não há provas de que o parlamentar tenha cometido nenhuma irregularidade. A investigação partiu de acusação do governador Roberto Requião, no dia 10 de junho, em entrevista a uma emissora de rádio. Ele afirmou que Praczyk pediu dinheiro, através de verbas publicitárias do governo, para votar em projetos de interesse da administração estadual.

O deputado estadual Antônio Anibelli (PMDB), relator do processo, apresentou ontem o parecer final ao Conselho de Ética. No relatório, Anibelli ressalta que não há provas materiais do acusador e nem do deputado que se defendia. "Por isso, não é possível dar prosseguimento ao processo", afirmou. Os integrantes do Conselho acompanharam o voto do relator. O presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), ainda vai analisar a decisão do Conselho, mas já sinalizou que deve acatá-la.

Integrante do Conselho de Ética, o deputado estadual Neivo Beraldin (PDT) se posicionou a favor do arquivamento do processo, mas apresentou voto em separado. Para ele, os acusadores precisam ser obrigados a provar as denúncias, a chamada inversão do ônus da prova. Com a alegação de que a imagem de um dos integrantes da Casa foi maculada, ele solicita que a Assembléia processe judicialmente o secretário estadual de Comunicação. Brandão se apressou para dizer que o voto em separado não tem efeito algum, tendo em vista que a maioria decidiu pelo arquivamento.

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