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Cerca de R$ 32,4 milhões pertencentes a executivos e empresas investigadas na 7ª fase da Operação Lava Jato foram depositados em uma conta da Justiça Federal nesta segunda-feira (24). As guias de depósitos judiciais foram juntadas ao processo que tramita na Justiça Federal de Curitiba nesta terça-feira (25). O valor, porém, ainda é menor que os valores bloqueados divulgados pelo Banco Central (Bacen) na última quinta-feira (20). Os relatórios do Bacen juntados nos autos descriminam um valor total de R$ 47 milhões bloqueados.

Deste valor, R$ 39 milhões são dos executivos das empreiteiras investigadas e R$ 8 milhões são de empresas pertencentes ao ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, e ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

Os executivos que tiveram maior valor depositado judicialmente foram o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Eles tiveram R$ 3,2 milhões e R$ 1,8 milhão em depósitos judiciais, respectivamente. Os valores bloqueados na semana passada eram de R$ 22,6 milhões para Almada e de R$ 3,2 milhões para Duque, de acordo com o Bacen.

O diretor da OAS, Agenor Franklin de Medeiros, que teve R$ 45,8 mil bloqueados pela Justiça na última quinta-feira (20), não teve nenhum valor depositado judicialmente nesta segunda-feira (24).

De acordo com a Justiça Federal, os depósitos judiciais devem continuar nos próximos dias, até que o valor total bloqueado seja depositado na conta da Justiça. As empresas de Renato Duque e Fernando Soares já tiveram todo o valor bloqueado depositado na conta da Justiça Federal. O valor total é de R$ 8,7 milhões.

O dinheiro depositado deve permanecer na conta da Justiça Federal até que uma decisão sobre os valores obtidos ilicitamente pelos envolvidos seja tomada. As contas dos executivos devem ser desbloqueadas assim que os depósitos judiciais forem finalizados, para que os envolvidos possam voltar a movimentar os valores que não foram bloqueados pela Juatiça. Para isso, o juiz federal Sérgio Moro deve publicar nos autos do processo um novo despacho, liberando as contas bancárias.

Letras de crédito

O Banco do Brasil anexou nesta terça-feira (25) nos autos que se referem às empreiteiras investigadas na Lava Jato os valores bloqueados nas aplicações de Letra de Crédito de Agronegócios (LCA) de dois executivos. O ex-diretor presidente da Galvão Engenharia, Ildefonso Colares Filho, teve R$ 17 milhões bloqueados pelo banco.

Já o diretor da Queiroz Galvão, Othon Zanoide de Moraes, teve R$ 958 mil que estavam aplicados em LCA bloqueados. Além disso, Moraes teve R$ 23,7 mil em fundos de investimento bloqueados judicialmente.

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