Deputadas do PT entraram nesta segunda-feira (8) com um pedido de investigação na Procuradoria-Geral da República contra o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) sobre o acusação de que ele cometeu tentativa de estupro, assédio e agressão contra uma ex-militante de seu partido.
Érika Kokay (DF), Ana Perugini (SP), Luizianne Lins (CE) e Maria Salomão (MG) pediram à procuradora dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, a investigação do caso. Sugeriram que sejam solicitados os vídeos do hall de entrada do apartamento funcional de Feliciano, onde supostamente teria ocorrido o crime, bem como a quebra do sigilo telefônico dele. Falam ainda na necessidade de a Procuradoria-Geral ouvir a vítima e as pessoas supostamente procuradas por ela para contar a história.
No domingo (7), a jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos, registrou outro um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento À Mulher, em Brasília, em que afirma ter sido vítima do deputado em 15 de junho.
As acusações contra Feliciano tem sido divulgadas em rede social desde a última segunda (1º). Há imagens de suposta troca de mensagens entre a jornalista e o parlamentar no Whatsapp. Nesta segunda-feira (8), Patrícia fez uma postagem do Facebook onde reafirma as acusações contra o deputado.
A representação protocolada na Procuradoria-Geral traz imagens dessas mensagens e transcrições reproduzidas na internet.
“A presente representação objetiva, nessa perspectiva, suscitar desse Ministério Púbico Federal a abertura de investigações acerca do ocorrido, de modo a demonstrar claramente a autoria e materialidade dos delitos denunciados e, promover a responsabilização, se for o caso, do deputado representado”, destaca o documento.
O texto fala ainda da necessidade de enfrentamento da violência contra a mulher no país, destacando as legislações e definições de lesão corporal e estupro.
Patrícia é ex-militante do PSC (Partido Social Cristão) e contou ter ido ao apartamento de Feliciano para uma reunião. Segundo o relato, lá o deputado lhe teria oferecido um cargo para que ela se tornasse sua amante. Diante da negativa, afirmou a jornalista, que o parlamentar a arrastou pelos cabelos, deu socos e tentou estuprá-la.
Na sexta (5), o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, foi detido em São Paulo sob acusação de coagir a jovem. Ha suspeitas ainda de que ele tenha tentado subornar Patrícia para que ela não acusasse mais o pastor.
Sábado (6), o deputado divulgou um vídeo em que se defende das acusações e afirma que há “falsa acusação de crime”. Procurado, não foi localizado nesta segunda-feira.
Patrícia Lélis registra novo boletim de ocorrência, desta vez contra Feliciano
- Estadão Conteúdo
A jornalista Patrícia Lélis registrou boletim de ocorrência na noite do domingo, 7, em Brasília, contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), por tentativa de estupro, assédio sexual e agressão. O B.O. foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e confirmado pela Polícia Civil. A jovem de 22 anos permaneceu no local por cerca de três horas, das 19 às 22 horas.
A ocorrência diz que o suposto crime aconteceu na manhã do dia 15 de junho, no apartamento funcional do parlamentar. Patrícia já havia registrado um outro boletim de ocorrência há três dias em São Paulo contra o chefe de gabinete do político, Talma Bauer, que foi detido na última sexta-feira (5) por suspeita de manter a jovem em cárcere privado e obrigá-la a publicar vídeos negando as acusações. Ele foi liberado no mesmo dia.
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