Parlamentar de primeiro mandato no Congresso, o deputado Dagoberto Nogueira Filho (PDT-MS) surpreendeu ao encabeçar o ranking do número de viagens internacionais feitas com a cota de passagens aéreas da Câmara, com a emissão de 40 bilhetes. Integrante da bancada ruralista, aos 53 anos, Dagoberto, paulista de São José do Rio Preto, tem uma atuação discreta no Congresso. Mas ocupou espaços importantes no governo de Mato Grosso do Sul, especialmente nos dois mandatos de José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, entre 1999 e 2006.

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Foi justamente durante a administração de Zeca do PT que o deputado conseguiu sua maior visibilidade política. Foi eleito deputado estadual, mas se licenciou do cargo para ocupar a estratégica Secretaria Estadual de Justiça. A projeção política foi tão boa que decidiu deixar o posto para poder concorrer à Prefeitura de Campo Grande. Acabou em terceiro lugar, com 52.929 votos, atrás do petista Vander Loubet - hoje deputado federal - e de Nelsinho Trad (PMDB), que foi eleito.

De volta à Assembleia Legislativa, foi novamente convidado a integrar a equipe de Zeca do PT, assumindo outra secretaria, a de Produção e Turismo. Pensou em concorrer novamente à prefeitura, mas não conseguiu viabilizar politicamente a candidatura.

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Como deputado estadual, Dagoberto já abrira polêmica com os ambientalistas ao apresentar projeto que dava permissão para o plantio de cana de açúcar em áreas do Pantanal. Grupos de ambientalistas protestaram, avaliando que a proposta prejudicaria o ecossistema local.

Na ocasião, Dagoberto se defendeu afirmando ser contra o plantio da cana na planície "por ser prejudicial ao ecossistema pantaneiro", mas apoiando o plantio na região de planalto, por reduzir "a agressão ao solo, que causa erosão e assoreamento dos rios".

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