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O deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP) defendeu nesta terça-feira que a Câmara adote o voto aberto no processo contra os deputados citados por suposto envolvimento na chamada máfia das ambulâncias, acusados pela CPI dos Sanguessugas.

Fantazzini defendeu ainda a criação de uma "ampla frente" parlamentar que "tenha o desejo, a vontade e o ímpeto de fazer com que haja o resgate das instituições, o respeito à lei e ao tratamento com igualdade e isonomia a todos os brasileiros".

Em discurso no plenário, o deputado argumentou que a grande quantidade de deputados envolvidos (69, sendo que dois renunciaram ao mandato) criou uma "situação de excepcionalidade" que dispensaria "a regra tradicional" do voto secreto em processos desse tipo.

- O momento é excepcional, isso deve garantir que o rito seja sumário. Aquele que tem prova inequívoca contra si não pode ter o mesmo tratamento alongado - declarou.

Fantazzini também cobrou da Mesa Diretora da Câmara uma resposta sobre o fato de o processo de cassação contra o deputado José Janene (PP-PR) ainda não ter sido pautado para votação em plenário.

- Não há resposta. Há muitos questionamentos que precisam ser respondidos, e os que gozam de cargos de direção na Mesa não parecem querer responder, possibilitando o desgaste da instituição que é pilar da democracia - disse.

Essa demora, considera o deputado, levaria ao questionamento por parte da sociedade sobre a "seriedade" com a qual seriam tratados os parlamentares denunciadas na CPI das Sanguessugas.

- Além desses questionamentos, a sociedade começa a se questionar também sobre a existência de candidaturas abusando sistematicamente da legislação eleitoral, e não há um resposta mais firme da Justiça Eleitoral - declarou.

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