O deputado Moroni Torgan, que preside a CPI do Tráfico de Armas, afirmou que apenas o fato de trabalharem para o criminoso Marcos Camacho, o Marcola, deveria constranger os advogados Maria Cristina Rachado e Sérgio Wesley da Cunha. Num discurso em que mostra repulsa ao comportamento dos dois durante a acareação, Torgan encerrou a sessão pedindo à Justiça que decrete a prisão dos dois advogados.
Ao falar para a advogada Maria Cristina, casada com um delegado da polícia paulista, perguntou:
- Um fato me calou fundo, a senhora não se sentiu mal de saber que essa fita que foi pega ajudou na rebelião que matou um monte de policias. Não constrange estar advogando para uma facção criminosa que manda matar colegas do seu marido? Não teve nenhum sentimento dentro da senhora?
Morgan afirmou que a advogada chegou a chorar ao falar de sua própria carreira arruinada, mas não se constrange em fazer serviço de 'pombo-correio' para uma organização criminosa que matou
- Olha a frieza que estou vendo aqui agora. Estou vendo a frieza de vocês. Fico triste com isso. A Justiça precisa decretar essa prisão preventiva logo. Sou policial de profissão, mas também sou chefe de família e me dói quando vejo pessoas como a moça que morreu porque estava do lado de um policial. Isso tudo não constrange? - perguntou.
Para ele, é uma luta que a instituições têm de fazer e a CPI não vai permitir que nenhuma organização criminosa a intimide.