O presidente do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná, Pastor Edson Praczyk (PRB), negou pedido para que as sessões de julgamento do deputado Nelson Justus (DEM) sejam realizadas a portas abertas. Autor do requerimento, o relator do caso, Missionário Ricardo Arruda (PSC), ainda propôs nesta quarta-feira (22) que os documentos produzidos pelo conselho sejam públicos.
Por enquanto, as reuniões do grupo têm ocorrido a portas fechadas, sob a justificativa de que corre em sigilo a denúncia criminal oferecida contra Justus ao Judiciário pelo Ministério Público (MP). Para embasar a decisão, Praczyk argumentou que o regimento interno da Casa prevê perda temporário do mandato ao deputado que revelar assunto que deva ficar secreto e “discrição e sigilo” na atuação dos membros do Conselho de Ética.
A decisão de Praczyk será votada pelo conselho nesta quinta (23). Arruda, porém, garantiu ter maioria para aprovar sua proposta de acabar com as sessões secretas. “Tudo que é fechado parece ter algo errado, mas não tem. O Brasil não admite mais coisas secretas”, defendeu. Questionado sobre o teor do relatório, o parlamentar do PSC não quis adiantar o conteúdo, mas voltou a sinalizar pela absolvição de Justus.
“Vou seguir a Constituição, nosso regimento. Não tenho como seguir outra coisa. Ficamos de mãos atadas aqui, não temos como agir por conta própria”, afirmou, numa clara referência à decisão do desembargador Guilherme Freire, do Tribunal de Justiça, que negou o afastamento liminar de Justus da Assembleia ao receber a denúncia do MP.
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