Cachoeira silencia, mas "ameaça" falar em junho
Em depoimento à CPMI, bicheiro se recusa a responder perguntas. Porém, anuncia que estará à disposição após comparecer à Justiça. Para parlamentares, foi um "recado" a outros envolvidos
Presidente da CPMI emprega fantasma
Senador Vital do Rêgo contratou funcionária para pagar por serviços que o pai dela presta. Servidora, que se diz autora do hit "Ai, Se Eu te Pego", é dispensada de bater o ponto
Mesmo sabendo que Carlinhos Cachoeira não falaria, dois deputados federais paranaenses que integram a CPMI usaram a sessão de ontem para questionar o bicheiro. Fernando Francischini (PSDB) fez cinco perguntas, uma delas sobre os interesses de Cachoeira no Paraná. "Houve pagamento de propina para pessoas ligadas ao antigo Serviço de Loterias do Paraná [Serlopar]?", indagou o tucano.
Francischini também quis saber quantas vezes o bicheiro esteve no estado e se realmente participou de um encontro nos últimos anos com o senador Roberto Requião (PMDB). "O senhor foi realmente expulso do gabinete dele?", disse. Requião já admitiu que recebeu Cachoeira durante seu primeiro mandato como senador (1995-2002), mas declarou que expulsou o bicheiro de seu gabinete.
Já Rubens Bueno (PPS) quis saber qual era a fonte dos recursos de Cachoeira para pagar o advogado Marcio Thomaz Bastos. "De onde está saindo tanto dinheiro para a contratação de uma figura desse vulto?", questionou o líder do PPS na Câmara.
Os outros três paranaenses que integram a comissão, os senadores Alvaro Dias (PSDB) e Sérgio Souza (PMDB) e o deputado Dr. Rosinha (PT) participaram da sessão, mas não fizeram perguntas. Em uma questão de ordem, no entanto, Alvaro questionou o fato de Cachoeira não ter sido submetido a juramento. "É um procedimento essencial em qualquer CPI", observou. A sugestão não foi acatada pelo presidente da comissão, Vital do Rêgo (PMDB-PB).
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Deixe sua opinião