No dia em que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), tentou acelerar a discussão da reforma política com os líderes partidários, a discussão de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à cena na Casa. O deputado petista Fernando Marroni (RS) subiu à tribuna para defender a realização de um plebiscito para definir se Lula poderá ou não concorrer a mais um mandato em 2010.
"Não posso me conformar que as leis brasileiras impeçam que tenha continuidade a liderança desse homem. São poucos os líderes no mundo. De vez em quando surge um gênio. Esse é um gênio brasileiro", disse Marroni. "Essa é a soberania popular, é o sentido da democracia. Todo o poder emana do povo e não do Congresso Nacional e da lei. As leis não bastam", argumentou.
O deputado buscou nas pesquisas de opinião mais argumentos para defender o terceiro mandato para Lula. "Estamos há oito anos no poder e agora 85% a 90% do povo brasileiro quer Lula de novo, mas o meu partido não faz essa discussão porque estamos presos a uma tradição lá de trás que dizia que não se podia mudar as regras no meio do jogo", disse.
Apesar de Lula já ter lançado a pré-candidata a sua sucessão, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, Marroni disse que a população tem pedido um terceiro mandato para Lula. O deputado disse ter apreço pela ministra, mas não se conforma que as leis impeçam que Lula possa novamente se candidatar. Mais cedo, Temer reuniu os líderes e acertou uma reunião para a próxima quinta-feira para discutir uma proposta de votar a reforma política.
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