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O empresário Wilson Lima, de 56 anos, foi eleito pelo antigo Prona (que se fundiu ao PL e virou PR) para seu terceiro mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 2006, com 8.983 votos, a terceira menor votação dentre os 24 deputados distritais.

Ex-seminarista, ex-vendedor de picolés, ex-pintor, ex-frentista e ex-cobrador de ônibus, Lima é apontado como aliado do governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Ele ocupou cargos no governo de Joaquim Roriz (PSC), em 2002.

Foi nesta legislatura, no entanto, que Lima alcançou esferas mais altas na política. No início do mandato, houve uma eleição para a escolha dos membros da Mesa Diretora da Casa, e Lima ficou como suplente. O titular renunciaria depois para assumir uma secretaria do governo. Lima passou então à primeira secretaria da Casa, cargo de grande visibilidade política e que já havia exercido no mandato anterior.

Em fevereiro deste ano, foi escolhido para a presidência da Câmara no lugar de Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM), que renunciou após ser afastado pela Justiça. Prudente é suspeito de integrar o esquema de distribuição de propina a aliados do governador e ficou conhecido como o "deputado da meia" por ter sido flagrado num vídeo recebendo dinheiro.

A trajetória política de Lima se completou nesta terça-feira (23). A renúncia do vice-governador Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM) o colocou no primeiro lugar da linha sucessória para o comando do Distrito Federal.

Arruda, o governador eleito, foi afastado do cargo e preso por decisão do Superior Tribunal de Justiça, acusado de tentar subornar uma testemunha do caso que ficou conhecido como mensalão do DEM.

Arruda é suspeito de comandar um suposto esquema de pagamento de propina, denunciado por Durval Brabosa, ex-secretário do governo. Além do governador afastado, também Paulo Octávio, deputados distritais, empresários e secretários de governo teriam participação no caso.

Trajetória

Segundo informações da página que mantém na internet, Lima mudou-se para o Gama, cidade-satélite de Brasília aos 15 anos, onde vive até hoje. Foi seminarista na década de 60 e, na adolescência, vendeu picolés, foi frentista, mecânico, lanterneiro, pintor, balconista e cobrador de ônibus. O parlamentar chegou a estudar música na Universidade de Brasília (UnB), mas não concluiu o curso. É casado e tem quatro filhos.

Lima também trabalhou num mercadinho aberto pelo pai na década de 70. A empresa cresceu e gerou filiais. Ele continuou no ramo e chegou a presidir a Associação dos Supermercados de Brasília por oito anos e o Sindicato dos Supermercados, segundo informações de seu site. Em 2006, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir R$ 287,1 mil em bens.

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