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Deputado Arnaldo Jordy cobra rigor na investigação por parte do TCU. | Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
Deputado Arnaldo Jordy cobra rigor na investigação por parte do TCU.| Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) protocolou no plenário da Câmara um pedido de informação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), em que cobra do presidente do tribunal, ministro Aroldo Cedraz, apuração sobre suposto tráfico de influência por parte do filho do ministro, o advogado Tiago Cedraz. O requerimento de Jordy foi protocolado nesta terça-feira (2), com base em reportagem publicada pelo O Globo que revelou a citação do advogado na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa. Cabe à Presidência da Câmara encaminhar o pedido ao TCU.

Pessoa vem prestando depoimentos na Procuradoria-Geral da República (PGR) dentro do acordo de delação premiada, em que detalha o suposto envolvimento de autoridades com foro privilegiado em esquemas de pagamento de propina. Segundo fontes com acesso às investigações, o dono da UTC acusou Tiago Cedraz de vender informação privilegiada do TCU.

O advogado já atuou em processos em curso no tribunal presidido pelo pai. Em julho de 2013, o ministro fez uma lista de advogados em cujos processos se declarava impedido de atuar – entre eles estão Tiago e seus sócios. Naquele momento, o escritório do advogado atuava em 150 processos em tramitação no TCU.

O procedimento usado pelo deputado do PPS foi uma “solicitação de informação ao TCU”, por meio da qual o parlamentar pede “informações ao presidente do TCU sobre a apuração de denúncias de tráfico de influência no âmbito deste tribunal”. Jordy cobrou detalhes de eventual apuração por parte da Corregedoria do tribunal.

“Trata-se de denúncia grave e que precisa ser apurada com urgência pela Corregedoria daquela corte de contas”, citou o deputado na justificativa do requerimento. Ele pediu informações sobre “quais foram, são ou serão as ações tomadas para evitar, investigar e impedir que as graves denúncias aqui relatadas maculem e coloquem à prova a confiança que a sociedade brasileira deposita naquela respeitada corte”. “Essa denúncia tem de ser investigada pelo tribunal, antes do Ministério Público e do Poder Judiciário – disse Jordy.

Tiago Cedraz sustenta que “não atuou em nenhum processo sobre UTC no TCU”. O ministro diz que “sistematicamente” se declara impedido em processos em que o filho e os sócios atuam como advogados.

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