A eleição do deputado Vicentinho (SP) como novo líder do PT na Câmara terminou na noite desta segunda-feira (3) com parte dos deputados da bancada repetindo o gesto de erguer o punho cerrado que marcou a prisão dos petistas condenados no processo do mensalão. Na reunião, os petistas adiaram para a próxima semana a definição das comissões que pretendem comandar, mas Vicentinho indicou ter "preocupação" com a Comissão de Direitos Humanos, que no ano passado causou polêmica com a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência do colegiado.

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Mais cedo, o punho cerrado chamou atenção na cerimônia de reabertura dos trabalhos do Congresso. Vice-presidente da Câmara, o deputado André Vargas (PT-PR) fez o gesto na presença do presidente do Supremo Tribunal FederalJoaquim Barbosa. Vargas estava sentado perto do ministro. O gesto marcou a prisão do ex-presidente do PT José Genoino (SP) e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), em novembro, quando se entregaram à Polícia Federal para começar a cumprir a pena.

A bancada do PT deve se reunir na próxima terça-feira (11) para discutir a composição dos partidos. Como é a maior bancada da Casa, o PT tem direito a comandar três comissões. O partido deve indicar o deputado Vicente Cândido (PT-SP) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça. As outras duas comissões estão em aberto. Há pedidos para Direitos Humanos, Finanças e Tributação, Agricultura e Educação.

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Primeiro líder negro da bancada, Vicentinho disse que os petista vão construir consenso. "A CCJ é prioridade para todos nós. Mas tenho preocupação com Direitos Humanos. Não gostaria que se repetisse o que ocorreu no ano passado".

Questionado sobre a aprovação de projetos com impactos financeiros, a chamada pauta-bomba, que enfrenta resistência do Planalto, o novo líder afirmou que a questão é debater prioridades e não engavetar matérias. "Não vou ser como trincheira para boicotar projetos do povo, mas vamos discutir prioridades."