Os deputados de oposição que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas pretendem pedir a fiscalização das urnas eletrônicas que serão usadas nas próximas eleições.
A suspeita levantada por alguns parlamentares é de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), responsável pela criptografia de um dos sistemas da urna eletrônica, poderia fraudar as eleições.
O pedido deverá ser apresentado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República, general Jorge Félix, em seu depoimento à CPI hoje (2), garantiu que não há possibilidade de fraude.
"O que garante a total lisura do processo eleitoral são as constantes auditorias encomendadas e realizadas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]", argumentou Félix.
O general afirmou não se opor à fiscalização pela OAB, mas ressaltou que é necessário que a fiscalização seja feita "com competência técnica".
Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), é importante a realização de uma fiscalização externa. "Se agentes da Abin fizeram escutas ilegais, por que não considerar a possibilidade de que alguém possa, de forma indefinida, querer fraudar o sistema de criptografia das urnas", indagou-se o deputado.
Nesta terça, a CPI recebeu um documento da jornalista Andrea Michael, da Folha de S.Paulo, no qual ela recusou o convite para prestar depoimento à comissão. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira (3).
A CPI marcou para quarta, à tarde, o depoimento do diretor afastado temporariamente da Abin, José Milton Campana.
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