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Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora | LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO
Manifestantes deitaram de mãos dadas no calçadão por cerca de meia hora| Foto: LUISA DE PAOLA/ AFP PHOTO

Por mais que o deputado federal Gustavo Fruet queira que os parlamentares do PSDB no Paraná se declarem oposição ao governo Roberto Requião, a reunião de amanhã será mais uma que não resolverá esse impasse. Os deputados estaduais não estão dispostos a parar de apoiar a administração requianista.

Para o deputado Luiz Nishimori (PSDB), que apoiou o governador Requião na campanha em 2006 e tem os prefeitos de sua base eleitoral defendendo o governo do estado, não dá para mudar de posição de uma hora para outra. "Atitudes e posições na Câmara Federal são diferentes das que estão na Assembléia Legislativa. Deputado federal não vai impor nada para os deputados estaduais. Temos de ser respeitados", disse Nishimori (PSDB).

Ele argumenta que os municípios têm suas peculiaridades. "Não dá para dizer para eles (prefeitos) não irem mais ao Palácio Iguaçu levar as reivindicações e para que comecem a falar mal do governo", disse Nishimori.

O deputado tucano diz que o mandato pode pertencer ao partido, mas os votos que os parlamentares recebem pertencem ao povo, dando a entender que, pelo menos sobre o apoio a Requião, não aceitarão decisão de terceiros.

Nishimori garantiu que essa é também uma posição dos deputados Luiz Fernandes Litro, Francisco Bührer e Luiz Acorsi, todos do PSDB e que defendem o governo do estado. Ele, no entanto, garante que concordam com que os tucanos devam ter candidato próprio à sucessão a Roberto Requião. "E dessa forma, seja o candidato o prefeito Beto Richa, o deputado Fruet ou o senador Alvaro Dias, vamos apoiar o candidato do PSDB.", diz.

Para não desagradar aos deputados estaduais, o prefeito Beto Richa, que era defensor de um estilo mais ferrenho de oposição, amenizou o discurso. Segundo Richa, o negócio é fazer oposição responsável e consciente, não votando contra o interesse do estado. Já a proposta de expulsão a quem não definir um posicionamento, como defendia anteriormente, ficou em segundo plano. Para ele, o partido tem que exigir uma linha mais dura e continuar cobrando e fiscalizando o governo do estado.

Divisão

A divisão dentro do PSDB ganhou contornos mais fortes durante a disputa para o governo do estado no ano passado. O ex-deputado estadual Hermas Brandão, que presidia a Assembléia Legislativa, lutava para ser o candidato a vice-governador na chapa requianista. Ganhou esse direito na convenção estadual do partido. Mas o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, questionou a decisão junto à Executiva Nacional, que anulou a decisão. A partir daí, um grupo ficou do lado de Requião e ou do então candidato Osmar Dias (PDT). (CCL)

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