Um grupo de parlamentares da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vai entrar com um recurso na Mesa Diretora da Casa pedindo a anulação da sessão que elegeu o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência do colegiado.

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A ideia é alegar que a eleição teve problemas regimentais, como o fato de a reunião ter sido fechada. Eles argumentam que não foi feita uma votação para decidir que a eleição fosse feita sem a presença de público.

Na reunião que o elegeu, Feliciano obteve 11 dos 18 votos possíveis. Seis parlamentares descontentes com a indicação do deputado pelo PSC abandonaram a sessão antes mesmo da votação.

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Feliciano vem sendo alvo de protestos desde o dia em que foi escolhido por seu partido para presidir o colegiado. Ativistas o acusam de ser homofóbico e racista. Citam declarações e mensagens que ele postou no Twitter. Feliciano diz ser mal interpretado.

Os deputados apostam no desgaste de Feliciano junto ao comando da Câmara para que a proposta avance. O recurso pode ser analisado pela Mesa ou pelo plenário, onde teria mais dificuldade para prosperar diante do tamanho da bancada evangélica.

Integrantes da Mesa Diretora, inclusive o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), já admitiram que a situação do parlamentar é insustentável e pressionam pela sua saída do pastor. Na próxima semana, Feliciano vai se reunir com os líderes partidários.

No pedido ao comanda da Câmara, os parlamentares vão alegar ainda que, diante dos protestos com brigas e insultos, Feliciano não tem condições de presidir os trabalhos.

"Nós vamos apontar as irregularidades nessa eleição e vamos lembrar que o deputado tem um perfil conflitante com o cargo. Ele tem deixado isso cada vez mais claro até com novas declarações como essa alegando que a comissão era dominada por satanás antes de sua chegada", afirmou a deputada Erika Kokay (PT-DF), que já presidiu a comissão e integra o colegiado nesta nova legislatura.

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Os deputados já pediram ao STF para anular a eleição de Feliciano, mas ainda não houve decisão.