Os deputados estaduais protocolaram nesta terça-feira (8) o pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os grampos telefônicos na Assembleia Legislativa do Paraná. O projeto deve passar agora por discussões no plenário antes de ser votado.
Segundo o deputado Marcelo Rangel (PPS), é preciso saber a autoria, a motivação e a utilidade das gravações realizadas. Para Rangel, a situação será esclarecida com a ajuda da Polícia Militar e o Ministério Público, que são considerados importantes aliados no caso.
Peritos que fazem o trabalho de varredura nas instalações da Assembleia encontraram pontos de captação de vídeo e áudio nas instalações da 2ª Secretaria, que era ocupada pelo atual presidente da Assembleia, o deputado Valdir Rossoni (PSDB). No fim de semana, três centrais de escutas ambientais e um grampo telefônico foram encontrados na casa. Segundo Rossoni, a Assembleia estaria parecendo um "palácio dos grampos".
A escuta telefônica estava instalada no telefone da sala do presidente da Assembleia Legislativa, que fica anexa ao plenário da Casa. Na tarde de sábado (5), os técnicos da empresa de segurança Embrasil localizaram três escutas ambientais na Assembleia. Duas estavam em salas de reuniões da presidência e uma no escritório da primeira-secretaria, responsável pela administração da Casa.
Gabinete militar
Na sessão ordinária desta terça-feira, os deputados também aprovaram, em primeira discussão, o decreto que deve criar um gabinete militar dentro da Assembleia. A proposta prevê a instalação de um gabinete militar, que deve contar com 30 policiais para fazer a segurança institucional da Casa. O coronel da Polícia Militar, Arildo Luís Dias, que comandou a ocupação do prédio na última semana, vai ser o responsável pelo gabinete.
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