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Os peritos que fazem o trabalho de varredura nas instalações da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) encontraram pontos de captação de vídeo e áudio nas instalações da 2ª Secretaria, que era ocupada pelo atual presidente da casa, o deputado Valdir Rossoni (PSDB). De acordo com a assessoria de imprensa da Alep, não é possível afirmar se os equipamentos já estariam instalados ou se era somente a fiação que estava pronta. A assessoria também não informou a localização dos pontos. O material encontrado foi levado pela perícia para a polícia científica.

Em nota, divulgada pelo site da Assembleia, Rossoni disse que não se surpreendeu com os equipamentos de vídeo e áudio encontrados em sua antiga sala. Ele disse que já desconfiava da instalação e afirmou que isso demonstra o grau de insegurança e o risco a que todos os deputados, diretores e funcionários da casa estavam expostos.

Fim de semana de descobertas

Ao longo do fim de semana, três centrais de escutas ambientais e um grampo telefônico foram encontrados na casa. Segundo Rossoni, a assembleia estaria parecendo um "palácio dos grampos".

A escuta telefônica estava instalada no telefone da sala do presidente da Assembleia Legislativa, que fica anexa ao plenário da Casa. O aparelho telefônico grampeado costuma ser usado por deputados para ligações durante as reuniões no plenário. O grampo, instalado na central telefônica do prédio, estava ativo e tinha a capacidade de transmitir por meio de radiofrequência as conversas realizadas no ramal para um receptor num raio de até 100 metros, que ainda não foi localizado.

A escuta foi encontrada por técnicos da Embrasil, que realiza uma vistoria na Assembleia. Segundo o perito em sistemas de segurança Antonio Carlos Walger, não é possível precisar desde quando o grampo estava instalado. Na tarde de sábado (5), os técnicos da Embrasil localizaram três escutas ambientais na Assembleia. Duas estavam em salas de reuniões da presidência e uma no escritório da primeira-secretaria, responsável pela administração da Casa. Os aparelhos estavam acima das placas de forro das salas, eram operados por meio de controle remoto e também tinham a capacidade de transmitir conversas a até 100 metros de distância.

A expectativa é que o trabalho de varredura seja concluído ainda nesta semana. O caso será investigado pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, que tentará descobrir quem é o autor das escutas. Na noite de ontem, a perícia técnica da Polícia Civil era aguardada no prédio para realizar a análise do material encontrado.

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