Está na edição desta terça-feira (2) do Diário Oficial da União o afastamento temporário da diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
De acordo com o texto, a decisão é preventiva, enquanto durarem as investigações sobre o possível envolvimento da agência com escutas telefônicas ilegais. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República afastou o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, o diretor-geral adjunto, José Milton Campana, e o diretor de Contra-Inteligência, Paulo Maurício Fortunato Pinto.
A Abin é suspeita de ter realizado escutas no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e de outras autoridades, segundo reportagem publicada pela edição desta semana da RevistaVeja. A Polícia Federal vai investigar o caso.
O governo anunciou a decisão no fim da tarde ontem (1º), horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter se reunido com Gilmar Mendes, no Palácio do Planalto, para tratar do assunto. O objetivo do afastamento da direção da Abin é "assegurar a transparência" do inquérito da PF, segundo nota distribuída pelo Palácio do Planalto.
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