A presidente Dilma Rousseff cancelou o envio de sua equipe precursora para as preparações de sua visita de Estado aos Estados Unidos, no mês que vem. O grupo de assessores embarcaria no próximo sábado para Washington, mas, por enquanto, não há decisão sobre suspensão definitiva ou apenas adiamento.
A ida desse tipo de equipe não é corriqueira. Normalmente, a Presidência envia uma equipe de assessores poucos dias antes, estes sim para preparar a chegada presidencial e acertar detalhes de seus compromissos.
O envio de um grupo desses com tanta antecedência, coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional, denota a expectativa que a própria presidente tinha para o encontro de 23 de outubro.
Oficialmente, o Itamaraty diz que não há qualquer movimentação para cancelar a viagem. A Presidência também afirma que não há orientação nesse sentido. A suspensão do envio da equipe, entretanto, expõe o desagrado do Palácio do Planalto com as novas acusações de espionagem dos EUA, desta vez contra a própria Dilma.
A presidente se disse "irritada" e determinou que o chanceler Luiz Alberto Figueiredo cobrasse explicações do embaixador em Brasília, Thomas Shannon.
Até agora, a única manifestação oficial dos EUA quanto às novas revelações foi por meio de Ben Rhodes, assistente para segurança nacional da Casa Branca e membro da delegação que Barack Obama trouxe para a cúpula do G20, em São Petersburgo.
O governo norte-americano está com o foco voltado para que "os brasileiros entendam qual é a exata natureza de nossa inteligência", disse hoje Ben Rhodes.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião