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Alexandre Padilha deixará o cargo para se dedicar à campanha ao governo de São Paulo; Arthur Chioro deve assumir o Ministério da Saúde no início de fevereiro | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo e Divulgação
Alexandre Padilha deixará o cargo para se dedicar à campanha ao governo de São Paulo; Arthur Chioro deve assumir o Ministério da Saúde no início de fevereiro| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo e Divulgação

MP investiga Chioro

Convidado ontem pela presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Saúde, o secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, Arthur Chioro, é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por improbidade administrativa. O MP apura se Chioro violou o princípio da administração pública por exercer o cargo municipal ao mesmo tempo em que é sócio majoritário da empresa Consaúde, que presta serviço de saúde para diversas prefeituras. Isso contraria a Lei Orgânica de São Bernardo.

A presidente Dilma Rous­­­seff formalizou ontem o convite para o petista Arthur Chioro assumir o Ministério da Saúde no lugar de Alexandre Padilha. O ministério é uma das pastas de maior orçamento da Esplanada e o objetivo de Dilma é que o posto siga nas mãos do PT. Padilha deixará o cargo para se dedicar à sua campanha pelo governo de São Paulo.

A expectativa, inclusive, era de que ainda ontem Chioro encontrasse Padilha para começar a discutir a transição na pasta. Chioro deve assumir no início de fevereiro, já que a presidente Dilma finalizará a reforma ministerial no fim do mês, quando voltar de viagem ao exterior.

Chioro é secretário de Saúde da prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), comandada por Luiz Marinho (PT). Ele assume a vaga com as bênçãos do ex-presidente Lula. Dilma consultou o prefeito de São Bernardo a respeito de Chioro, na semana retrasada.

A presidente teria se encantado com ele ao participar da inauguração de um hospital na cidade paulista, no ano passado. Chioro foi diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde quando a pasta era comandada pelo petista Humberto Costa. Nessa função, ele foi responsável pela implantação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Já Padilha, assim que deixar o Ministério da Saúde, vai rodar São Paulo em uma caravana. O giro, segundo aliados, começará em 7 de fevereiro.

Reforma ministerial

Dilma já definiu também a ida de Aloizio Mercadante, ministro da Educação, para a Casa Civil no lugar de Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo do Paraná.

O ex-presidente Lula foi um dos defensores da nomeação de Mercadante para a Casa Civil. Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, advogavam por uma Casa Civil mais "política" neste ano eleitoral. Para o lugar de Mercadante, a presidente deve confirmar ainda José Henrique Paim Fernandes, secretário-executivo da Educação, a despeito do lobby de setores do PT em defesa de Marta Suplicy.

Dilma vai efetivar a reforma ministerial após voltar de viagem. Ela embarca hoje para visitas a Suíça e Cuba e só retorna ao Brasil no dia 29 à noite.

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