A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (7) que o recesso do Congresso seja suspenso para julgar o pedido de impeachment e outros “assuntos” pendentes, como medidas do ajuste fiscal. “Numa situação de crise política e econômica como essa que vivemos, acho que seria importante que o Congresso fosse convocado. Não é correto que o país fique em compasso de espera”, afirmou. A presidente também defendeu que os congressistas folguem entre o Natal e o Ano Novo.
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Governo vai conseguir barrar ‘golpe’, diz líder do PT
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta segunda-feira (7), após reunião dos líderes, que a avaliação unânime é que o ambiente político no país é “muito favorável à desconstrução da tese do impedimento”. “Estou confiante que vamos dar conta dessa tarefa gigantesca”, disse, ressaltando que o governo “vai conseguir interditar o golpe.”
Segundo o petista, o governo está otimista e focado em sair da agenda negativa e colocar o país para funcionar. “Vamos desconstituir jurídica e politicamente a tese do impedimento”, disse. “Temos condições de brecar (o impeachment) e vamos ter que colocar o País para funcionar”, completou.
Base aliada
Assim como a presidente, líderes da base aliada querem acelerar o desfecho do processo de impeachment, mas também defendem uma pausa nos trabalhos para as festas de fim de ano. A estratégia do governo para acelerar o debate foi discutida nesta segunda em reunião entre líderes e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), no Palácio do Planalto.
Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), “a opinião da maioria dos líderes” é de interromper momentaneamente os trabalhos, durante as festas de fim de ano, e retomar as votações no início de janeiro. Ele ponderou, no entanto, que esta decisão cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
“O melhor para o país é trabalharmos agora em janeiro para resolver todas as pendências”, disse citando como exemplo projetos sobre o terrorismo e medidas provisórias que trancam a pauta.
O líder do PSD na Casa, Rogério Rosso (DF), disse haver um consenso sobre essa “proposta intermediária”. Ele argumentou ainda que o perfil dos 65 integrantes da comissão que vai analisar o tema deverá ser “mais técnico” e “mais moderado”. “Os membros da comissão precisam ser tecnicamente preparados para o embate jurídico”,argumentou após encontro com o ministro.
“O país não suporta ficar nessa instabilidade, temos que resolver para um lado ou para o outro”, reforçou Guimarães. O petista afirma que há um “ambiente político” no país para a “desconstrução da tese” de impedimento de Dilma.
Guimarães afirma que os componentes da comissão deverão ter “espírito público” para decidir sobre o tema, independente da “polarização se é governista ou não”. Os partidos terão até as 18h desta segunda-feira (7) para fazer a entrega da lista dos integrantes do grupo.