O senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) partiu para o ataque nesta terça-feira (9) contra a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em solidariedade ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador comandou uma série de discursos em plenário defendendo as últimas declarações do ex-presidente de que Dilma não é líder e de que o PSDB não tem medo de comparação. Outros dez senadores tucanos e do DEM usaram a palavra.

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A declaração mais forte de Tasso foi relativa à capacidade de liderança da ministra pré-candidata à presidência da República. "A ministra Dilma é uma figura de silicone, ou seja, é uma figura que está sendo moldada à imagem e semelhança do presidente Lula. Ela própria não tem estrutura política para se apresentar frente à nação brasileira para defender qualquer programa que seja de governo". Tasso afirmou ainda que a ministra mente e maquia números de resultados do governo Lula.

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que o PT deseja realizar a comparação de Lula com a de FHC porque Dilma não teria condições de discutir de igual para igual com o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato tucano. "Toda essa discussão, governo FHC, governo Lula, isso é coisa de marqueteiro. O marqueteiro lá disse que não dá para comparar a ministra Dilma com o candidato José Serra".

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As declarações dos integrantes da oposição provocaram reações de aliados de Lula e Dilma. A senadora Serys Shlessarenko (PT-MT) atribuiu os ataques a discriminação contra mulheres. "Com relação à nossa ministra Dilma, eu gostaria de dizer que às vezes chego a ficar pensando que existe até discriminação. Por mais que se diga que não há discriminação contra a mulher na família e no trabalho, na política há sim. Eu diria que a nossa ministra Dilma, ela tem luz própria sim e uma luz com muito brilho".

O senador João Pedro (PT-AM) também rebateu os ataques da oposição. Ele afirmou que o importante é discutir diferenças entre projetos. "Acho que não ajuda dizer que (Dilma) é uma liderança de silicone. Acho que não ajuda. Nós precisamos, e aí quero colocar no debate a responsabilidade que tem o PSDB e que tem o PT e os partidos aliados, é discutir projetos de Brasil".