A presidente Dilma Rousseff convocou os ministros para mais uma reunião com o objetivo de tentar mapear o comportamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em relação ao pedido de impeachment contra a petista. Desde sábado (10), Dilma tem se reunido com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Nesta segunda-feira (12), alguns ministros, como Wagner e Berzoini, voltaram ao Alvorada.

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Nas reuniões, ministros admitem que ele é “incontrolável” e que não volta atrás na sua postura de confronto com o Palácio do Planalto e favorável às ações da oposição em favor de um processo de impeachment contra a petista. Dilma fez várias reuniões de emergência ao longo do final de semana e convocou a coordenação política e os líderes aliados para vários encontros no Planalto, no mesmo em dia em que Cunha anunciará um encaminhamento quanto ao pedido de impeachment elabora pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

O ministro Berzoini conversou com vários aliados e confidenciou que o Planalto não consegue obter informações precisas sobre os passos de Cunha. À reportagem, Cunha disse que tomará uma decisão amanhã ou depois sobre o pedido de impeachment. A decisão pode ser desde aceitar aditamento da oposição para incluir as pedaladas fiscais de 2015 até tomar uma decisão direta sobre aceitar ou não ao pedido. “Ninguém sabe bem o que ele [Cunha] vai fazer”, se queixou um ministro.

Nesta quinta-feira (15), às 9h, Dilma fará uma reunião ampliada, com sua equipe de coordenação política para mobilizar a base aliada em defesa de seu mandato junto ao Congresso. Em seguida, Berzoini fará um encontro com os líderes aliados para tratar da estratégia do governo para juntar votos no Congresso para evitar a aprovação de um eventual processo de impeachment.