O Palácio do Planalto informou nesta quinta-feira (6) que o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou nessa quinta-feira (6) com a presidente Dilma Rousseff, por telefone, para cumprimentá-la pela reeleição. Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, Biden, a pedido do presidente Barack Obama, renovou o convite para uma visita oficial de Dilma a Washington. As informações divulgadas, no entanto, não apontam nenhuma data para essa visita.
"Parece-me extremamente oportuno que comecemos a planejar desde já minha visita de Estado", concordou a presidente. Biden recebeu, nesse telefonema, convite para a posse dela em 1º de janeiro. "Fiquei muito feliz com sua vitória. A senhora é uma grande amiga que temos na América do Sul", declarou Biden na conversa desta quinta-feira, conforme informou o Planalto. "Podem contar sempre com minha amizade", retribuiu Dilma. A ligação durou 15 minutos.
Biden se colocou à disposição para colaborar para o aprofundamento das relações entre Brasil e Estados Unidos. "Admiro sua coragem e sua dedicação. Creio que, com seu empenho, podemos fazer muito em favor das relações entre nossos países", afirmou o vice-presidente norte-americano. Durante a conversa, Dilma ressaltou que as relações bilaterais com os Estados Unidos são muito importantes para o Brasil. Ela comentou ainda que, em conversa por telefone com o presidente Barack Obama logo após a eleição, já havia manifestado ser do "maior interesse para o Brasil manter as melhores relações com os Estados Unidos".
Viagem oficial
No ano passado, Dilma decidiu cancelar viagem oficial aos Estados Unidos, marcada para o final de outubro. O cancelamento ocorreu depois do desconforto gerado após a revelação das suspeitas de espionagem envolvendo o governo norte-americano. Segundo nota divulgada à época pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o adiamento foi uma decisão conjunta de Dilma e do presidente dos EUA, Barack Obama. A Casa Branca também divulgou nota afirmando que a decisão foi acordada.
"Os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado, pois os resultados dessa visita não podem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada" citou a nota do Planalto. O caso envolveu informações reveladas por Edward Snowden. Segundo ele, a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) monitorou conversas de Dilma e dados da Petrobrás.
Na ocasião, a presidente considerou que as respostas do governo norte-americano sobre as denúncias de espionagem não foram suficientes. A nota do Planalto divulgada naquela época, no entanto, deixava as portas abertas para o agendamento de nova data para a visita oficial de Dilma. "O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida a questão de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica a patamares ainda mais elevados", disse.