A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (7), ao inaugurar obras no Rio de Janeiro, que a execução do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) não está sendo lenta. Segundo ela, a imprensa trata o PAC como se o Brasil fosse um "país perfeito".
"Se considerar o Brasil como a Suíça, (o PAC) está lento. Como não somos a Suíça, acho que conseguimos em várias obras, as principais, acelerar (o programa)", disse a ministra.
Segundo ela, existe um "grande equívoco" na forma de se avaliar a execução do PAC. "Todos acham que os projetos básicos, executivos, licenciamentos ambientais já estavam prontos. Não (é o caso). Nós começamos em 2007 com tudo isso para fazer", ressaltou a ministra. "Desse ponto de vista, (o programa) está rápido", ressaltou.
"O arco rodoviário do Rio de Janeiro, por exemplo, não tinha projeto básico, executivo nem licenciamentos. Tudo tinha que ser providenciado antes que a gente fizesse a obra."
'Estado sucateado'
Dilma disse também ser "daquela geração do poder público que pegou o Estado brasileiro sucateado". Quando assumiu o Ministério de Minas e Energia, em 2003, ela diz que a estrutura tinha mais motoristas do que engenheiros. Segundo ela, existe uma discrepância entre fiscalização e execução no Brasil, sendo a primeira mais valorizada do que a segunda.
"Toda a máquina de execução no Brasil minguou e ganha menos. O gestor do PAC, por exemplo, não ganha mais de R$ 5 mil. Um engenheiro do Ministério das Cidades também está por aí. Vocês, que são do jornalismo investigativo, vejam por exemplo quanto ganha um fiscal ou um auditor (da Receita Federal) e comparem com o que ganha um engenheiro de fiscalização das minhas obras", disse a ministra.
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