A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira (18) que a representação que o PSDB e o DEM impetraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o governo tem "o intuito de interditá-lo". Questionada sobre se a representação se trata de disputa eleitoral, ela respondeu: "Eu acho. Acho que tem esse intuito e tem, sobretudo, o objetivo de interditar o governo", respondeu. "Acho que é uma reação clássica. Judicializam agora a atuação administrativa do governo porque não têm projeto. Não tem o que apresentar e não querem que falemos. Acho absolutamente incorreta essa versão de que estamos fazendo campanha."
A ministra disse que a avaliação, segundo a qual o governo e ela própria estão em campanha, é absolutamente incorreta. Segundo ela, as aparições públicas de que participa têm o intuito de dar satisfações sobre o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que são numerosas e englobam muitas iniciativas. Ela ressaltou que a palestra que realizou hoje na sede da Força Sindical, na capital paulista, também tem esse objetivo. "Eu faço isso de 4 em 4 meses", afirmou. "Isso é muito importante porque nós devemos dar satisfações, porque há alguns que dizem que o PAC não existe e é um produto de marketing", explicou.
A ministra disse ainda que prefeituras e governos do PSDB e do DEM também recebem recursos do PAC. "Eu não quero acreditar que é possível no momento de crise alguém ser contra iniciativas que são para combater a crise hoje", afirmou. "Nós não fazemos diferenças nos projetos. Não só em relação ao DEM como ao PSDB, tanto para governadores como para prefeitos.
Dilma disse ainda que os governantes que tiverem projetos para realizar obras de infraestrutura devem apresentá-los ao governo federal. Segundo ela, esses projetos terão o apoio do governo federal. A ministra disse ainda achar estranho que representações ocorram sempre que há "políticas do governo sendo implantadas para beneficiar o Brasil". "Não é possível apostar no quanto pior melhor". Ao ser questionada sobre o fato de ser aclamada como candidata em eventos públicos, como o da Força Sindical, ela respondeu que não policia ninguém. "Eu vivo em uma democracia e as pessoas têm o direito de se manifestar", disse.
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