A presidente Dilma Rousseff deverá mesmo ir Nova York, nos Estados Unidos, para participar da reunião sobre clima na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (22). Dilma pretende usar a tribuna internacional para denunciar o que está chamando de “golpe” contra seu mandato, por considerar que está sofrendo impeachment sem crime de responsabilidade. A previsão é que a presidente embarque na quinta-feira (21) e volte ao Brasil no sábado (23).
Na semana passada, a viagem dependia da não aprovação do processo de impeachment na Câmara. Com a derrota, a viagem foi suspensa, mas agora, com a estratégia de difundir a mensagem de ruptura institucional, a presidente voltou a discutir o assunto e deverá mesmo viajar, a não ser que alguma mudança de última hora faça a presidente desistir.
Golpe
Em entrevista a veículos estrangeiros, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (19) que desde o mandato do ex-presidente Getúlio Vargas o país tem um “veio golpista adormecido”. Segundo ela, a partir da década de 1960, o “impeachment sistematicamente se tornou instrumento contra presidentes eleitos”.
As declarações de Dilma preocuparam o vice, Michel Temer (PMDB). O mais novo passo do peemedebista foi pedir ajuda ao senador tucano Aloysio Nunes (PSDB) para “trabalhar” a imagem do impeachment no exterior, desvinculando-o da expressão “golpe”, martelada pelo governo, pelo PT e por simpatizantes de Dilma.
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