A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Roussef, visitou por volta das 17h (13h locais) o velório do escritor José Saramago. "Os grandes escritores são imortais. O que ele fez com a língua portuguesa foi dar a ela uma dimensão global, mostrar que na língua portuguesa se escreveria uma obra-prima", disse a ex-ministra na sua saída.
Dilma disse também que "O Evangelho segundo Jesus Cristo" é sua obra favorita do escritor e colocou Saramago ao lado de Eça de Queiroz e Machado de Assis. "Acho que ele está entre esses grandes escritores que imortalizam a nossa língua e a nossa cultura".
Uma fila de aproximadamente 300 pessoas se forma ao entorno da Praça do Município, onde se localiza a Câmara Municipal de Lisboa (equivalente a prefeitura), no salão nobre da qual Saramago está sendo velado. Grupos de 10 a 15 entram de cada vez e podem passar pelo local onde está o caixão. Além de fãs da literatura, membros do Partido Comunista Português, ao qual o escritor pertenceu, estão presentes. O presidente do partido, Jerónimo de Sousa, visitou o velório.
A ministra da cultura de Portugal, Gabriela Canavilhas, que esteve no voo que trouxe Saramago de Lanzarote (Espanha), onde residia e faleceu o escritor, para Lisboa, diz que se sentia afeto nas conversas no avião.
O corpo do escritor, morto nesta sexta-feira (19) aos 87 anos, chegou por volta das 14h40 locais deste sábado (19) (10h40 de Brasília) à Câmara Municipal de Lisboa, onde será velado até domingo (20) no salão nobre.
O corpo de Saramago chegou ao aeroporto de Figo Maduro, nos arredores da capital, em um avião da Força Aérea Portuguesa.
O funeral está previsto para ir até a meia-noite. No domingo, a cerimônia será retomada às 9h e segue até as 11h. O público poderá entrar, mas a família pode decidir quando fechar as portas.
Depois, o corpo será cremado. Parte das cinzas deve ficar em Azinhaga do Ribatejo, onde o escritor nasceu e o restante deve seguir para Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde ele vivia com a esposa, a jornalista e tradutora Pilar del Río.
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