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A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, emocionou-se, e chorou, na manhã desta quarta-feira, ao anunciar a abertura dos arquivos da ditadura. Dilma afirmou que não teria como não se emocionar nesse momento.

- Não tenho como não ficar emocionada. Este é um momento importante da redemocratização do país. Sou fruto desse momento - disse Dilma Rousseff.

A ministra anunciou as regras e os critérios de acesso aos documentos, que foram transferidos nesta manhã para o Arquivo Nacional, em Brasília, onde ficarão arquivados. Dilma explicou que não há sigilo sob qualquer documento elaborado até 1975. Após esse ano, o acesso depende da classificação, se secreto ou ultra-secreto, que levaria entre 20 a 30 anos para se tornar público.

Os arquivos estarão abertos para consulta pública, mas os nomes dos envolvidos terão que ser preservados, assim como sua intimidade, a vida privada, a honra e imagem. Acesso irrestrito somente aos familiares.

- Os documentos estão deixando de ser parte do serviço de inteligência e, a partir de agora, passam a fazer parte da história do país. Será um importante objeto de reflexão para a sociedade - disse a ministra.

As informações contidas nos documentos referem-se aos arquivos do extinto Serviço Nacional de Inteligência (SNI), do Conselho de Segurança Nacional e da Comissão Geral de Investigações (CGI) e estavam em poder da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Os arquivos do SNI contém documentos que estavam em poder dos órgãos de informação das Forças Armadas, da Polícia Federal, do Dops e das secretarias de Segurança Pública. Em poder da CSN estavam as cassações políticas e os da CGI envolvem casos de enriquecimento ilícito.

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