O deputado José Dirceu (PT-SP) afirma que o depoimento da presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, ao Conselho de Ética desmonta a acusação do PTB. O partido pediu a cassação do deputado, acusando-o de comandar um esquema de compra de votos de parlamentares. Na tese do PTB, o dinheiro para suborno viria do Banco Rural e seria compensado por favores de Dirceu, no cargo de ministro-chefe da Casa Civil.
Segundo a assessoria de Dirceu, o depoimento deixou claro que não é verdade a acusação do ex-deputado Roberto Jefferson de que Dirceu seria o avalista dos contratos do Banco Rural com o PT. Kátia Rabello disse nunca ter falado com Dirceu sobre o assunto em seus encontros. Também disse que a garantia apresentada pelo empresário Marcos Valério para os empréstimos eram as contas de publicidade de sua agência.
Por meio de sua assessoria, José Dirceu afirma que as "audiências foram concedidas a pedido do Banco Rural" e não porque eram feitas por Valério. Portanto, não haveria uma intermediação das relações pelo empresário.
Segundo o deputado, não tem sentido a tese de que ele concederia favores ao banco em troca dos empréstimos. Dirceu afirma que, nas quatro audiências que teve com a diretoria do Banco Rural, entre 2003 e 2004, tratou de três temas. Nos dois primeiros encontros, o banco teria solicitado uma licença para explorar uma mina de mióbio. Dirceu teria respondido que não era possível, por motivos ambientais. A liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco continua pendente, segundo o deputado. E o Banco do Trabalhador - um projeto que, segundo Valério, seria feito em uma parceria do Banco Rural com a CUT - nunca foi constituído.
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