O diretor-presidente da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe, fez uma apresentação no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná na tarde desta terça-feira (18). Ele foi questionado pelos deputados da oposição sobre os recentes aumentos na tarifa da energia.
Daleffe declarou que os aumentos não foram causados pelas políticas da Copel, mas sim em decorrência da crise energética no país. Ele negou, ainda, que a política de distribuição de lucros na companhia tenha tido qualquer impacto na tarifa.
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Leia a matéria completaEm 2015, houve um aumento médio de 56% no valor da tarifa. Segundo Daleffe, desse total, apenas 0,34% se referem ao custo da própria Copel. O resto seria resultado do crescimento do custo da energia em todo o país, em grande parte em decorrência da estiagem e da necessidade de gerar mais energia térmica. “Não tem como eu comprar algo por 7 e vender ao consumidor por 6, nenhuma empresa consegue ser sustentável dessa maneira”, disse.
Ele admitiu que o aumento foi “um absurdo” e algo “extraordinário”. “Eu também sou consumidor, eu também pago a conta. Mas é importante que a população [saiba] que a Copel não é responsável por isso”, afirma. Daleffe, entretanto, adiantou que, nos próximos meses, há a possibilidade de uma pequena redução, em decorrência de políticas energéticas do governo federal e que, para o próximo ano, a expectativa é que esse reajuste acima da inflação não se repita.
Lucros
Deputados de oposição questionaram Daleffe sobre a política de distribuição de lucros da Copel, e sobre o impacto disso no custo da energia para o usuário. Até 2010, a companhia distribuía apenas 25% do seu lucro entre os acionistas – o mínimo exigido por lei. Na gestão do governador Beto Richa (PSDB), esse porcentual passou a 50%.
O diretor-presidente disse que essa foi uma decisão política do governo, maior acionista da empresa. Segundo ele, a intenção era repassar uma fatia maior dos lucros para o caixa do governo do estado, para que este aplicasse recursos em políticas públicas para o cidadão. Ele disse, ainda, que esse porcentual dos lucros repassados aos acionistas é baixo se comparado com outras companhias energéticas do país.
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