Poste em Curitiba: aumento da luz para o consumidor.| Foto: Marcelo Andrade/Marcelo Andrade / agencia de not

O diretor-presidente da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe, fez uma apresentação no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná na tarde desta terça-feira (18). Ele foi questionado pelos deputados da oposição sobre os recentes aumentos na tarifa da energia.

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Daleffe declarou que os aumentos não foram causados pelas políticas da Copel, mas sim em decorrência da crise energética no país. Ele negou, ainda, que a política de distribuição de lucros na companhia tenha tido qualquer impacto na tarifa.

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Em 2015, houve um aumento médio de 56% no valor da tarifa. Segundo Daleffe, desse total, apenas 0,34% se referem ao custo da própria Copel. O resto seria resultado do crescimento do custo da energia em todo o país, em grande parte em decorrência da estiagem e da necessidade de gerar mais energia térmica. “Não tem como eu comprar algo por 7 e vender ao consumidor por 6, nenhuma empresa consegue ser sustentável dessa maneira”, disse.

Ele admitiu que o aumento foi “um absurdo” e algo “extraordinário”. “Eu também sou consumidor, eu também pago a conta. Mas é importante que a população [saiba] que a Copel não é responsável por isso”, afirma. Daleffe, entretanto, adiantou que, nos próximos meses, há a possibilidade de uma pequena redução, em decorrência de políticas energéticas do governo federal e que, para o próximo ano, a expectativa é que esse reajuste acima da inflação não se repita.

Lucros

Deputados de oposição questionaram Daleffe sobre a política de distribuição de lucros da Copel, e sobre o impacto disso no custo da energia para o usuário. Até 2010, a companhia distribuía apenas 25% do seu lucro entre os acionistas – o mínimo exigido por lei. Na gestão do governador Beto Richa (PSDB), esse porcentual passou a 50%.

O diretor-presidente disse que essa foi uma decisão política do governo, maior acionista da empresa. Segundo ele, a intenção era repassar uma fatia maior dos lucros para o caixa do governo do estado, para que este aplicasse recursos em políticas públicas para o cidadão. Ele disse, ainda, que esse porcentual dos lucros repassados aos acionistas é baixo se comparado com outras companhias energéticas do país.

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