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O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, negou nesta segunda-feira (2) ter ocultado em suas declarações de bens à Receita Federal uma mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, comprada em 1996. Uma reportagem do jornal "Folha de São Paulo" afirma que Agaciel registrou o imóvel no nome do irmão, o deputado João Maia (PR-RN), porque estaria com os bens bloqueados pela justiça.

Na reportagem do jornal, o diretor-geral reconhece a compra do imóvel no nome de seu irmão devido aos problemas judiciais. Nesta segunda-feira, no entanto, ele voltou atrás. Disse que não estava com os bens indisponíveis na época e apresentou uma declaração de Imposto de Renda relativa a 1996 na qual consta a compra do lote.

Agaciel afirma que a compra do lote foi realizada primeiro por seu irmão porque ele estava tentando ainda vender a casa em que morava, no mesmo bairro. Posteriormente, assinou um contrato de compra e venda do imóvel, mas o diretor-geral do Senado disse que errou ao não registrar a casa em uma escritura.

"Não posso esconder essa casa até porque eu moro nela. Meu erro foi fazer apenas um documento com o meu irmão. Como era um negócio fraterno, não tive a preocupação de ir a um cartório transferir a escritura, o que farei agora", afirmou Agaciel.

Ele questiona também o valor do imóvel citado na reportagem, de R$ 5 milhões. Segundo Agaciel, uma usina de tratamento de lixo que fica no Lago Sul está localizada em frente à mansão, desvalorizando a casa. Para ele, o valor atual do imóvel é de R$ 2,5 milhões.

O diretor-geral do Senado destaca que tem 32 anos de trabalho na Casa e garante que tinha renda para adquirir o imóvel. Apresentou também certidões negativas do Tribunal de Contas da União, da Justiça Federal e da Receita Federal para mostrar sua "correção no cargo".

Ele afirmou não ver motivo para deixar o posto de direção. "Não tenho porque não me sentir confortável. Já passei por sete presidentes da Casa. Se não tivesse competência não estaria aqui". Agaciel disse que dará as explicações sobre o imóvel ao presidente Sarney e a senadores que estiverem interessados. Disse ainda estar à disposição para que o TCU analise sua evolução patrimonial.

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