A diretora financeira da agência de Marcos Valério SMP&B, Simone Vasconcelos, não soube responder como era feita a operação contábil na empresa para dar baixa dos empréstimos feitos para o PT. O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), lembrou que as grandes quantias tiradas pela empresa dos bancos e que entravam no caixa da SMP&B tinham que ter uma saída.
- Entrou como empréstimo bancário e saiu como empréstimo ao PT - tentou explicar Simone.
Serraglio, porém, quis saber como isso era feito.
- Com os cheques - respondeu Simone.
Mas o relator rebateu afirmando que a maior parte do dinheiro era sacada em espécie, no banco. E que, portanto, de alguma outra forma deveria aparecer como saída na contabilidade da SMP&B.
- Não sei dizer contabilmente como era isso. Esse controle é feito num escritório de contabilidade, não é minha função - disse a diretora financeira da empresa de Valério.
Serraglio quis saber então se o PT tinha dado algum recibo para servir como comprovação contábil do empréstimo ao partido.
- Não do meu conhecimento. Se houve, foi direto do Marcos Valério com o contador - respondeu Simone.
Ela disse que não podia esclarecer essas dúvidas e que a Receita Federal está desde segunda-feira fazendo uma devassa na contabilidade da SMP&B e que só então tudo vai ficar claro.
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