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Sérgio Cabral, no banco de trás da viatura que o transportou durante a prisão | Fernando Frazão/Agência Brasil
Sérgio Cabral, no banco de trás da viatura que o transportou durante a prisão| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam se as cerca de 300 joias apreendidas na Operação Calicute foram compradas para lavar dinheiro roubado. Em depoimento ao Ministério Público, a diretora comercial da joalheria H.Stern Maria Luiza Trotta contou que as joias — de valor de até R$ 100 mil — eram vendidas na casa do ex-governador Sérgio Cabral, no Leblon, e os pagamentos eram feitos sempre em dinheiro, segundo reportagem do RJTV. Ela não soube dizer se houve a emissão de notas fiscais. Segundo os procuradores, as joias são parte importante da investigação. Foram apreendidas peças de marcas internacionais de ouro, brilhantes e pérolas.

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Segundo a diretora da joalheria, as peças eram escolhidas pelo próprio Sérgio Cabral ou pela mulher dele, Adriana Ancelmo. Os atendimentos eram feitos pessoalmente por ela, que atendia o casal desde 2013. De acordo com o depoimento da diretora, o agendamento era feito por Carlos Miranda e por um outro assessor do ex-governador.

Os procuradores também querem saber que tipo de relação o ex-governador tinha com as joalherias brasileiras e se os incentivos fiscais que elas receberam do governo fazem parte de alguma vantagem indevida.

Cabral diz que não lembra das joias

No depoimento após ser preso, Cabral disse que não se recorda de ter pago as joias em dinheiro vivo. Ele disse que conhece Maria Luiza Trotta e que acredita ter comprado joias uma ou duas vezes. O ex-governador disse ainda que não se lembra do valor das joias, nem mesmo da peça de R$ 100 mil.

Carlos Miranda também confirmou que conhece Maria Luiza Trotta, mas afirmou que não se lembra de ter comprado alguma joia na loja. As joias passarão por perícia e serão avaliadas.

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