O diretório regional do DEM no Distrito Federal foi dissolvido. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24) em reunião da Executiva Nacional. O presidente em exercício do diretório, Osório Adriano, foi quem pediu a autodissolução da instância partidária. O senador Marco Maciel (DEM-PE) vai comandar o processo de formação de um novo comando do partido no DF.

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A autodissolução foi pedida visto que a Executiva já se encaminhava para tomar a medida. Com isso, alguns dos dirigentes poderão ser mantidos dentro da nova estrutura do diretório regional. O ato acontece depois de o governador afastado José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octávio terem deixado a legenda. Octávio era o presidente do diretório regional.

"Para que a Executiva Nacional busque uma solução foi que eu pedi a autodissolução antes que outros pedissem a intervenção. É uma solução menos traumática para todos do partido", disse Adriano.

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O partido decidiu também que os filiados terão de deixar cargos que ocupam no governo do Distrito Federal. Amigo pessoal de Arruda e Paulo Octávio, o secretário de Transportes, Alberto Fraga (DEM-DF), confirmou que vai deixar a função, mas pediu alguns dias para fazer a transição.

"Houve a deliberação para que eu deixe o governo, e eu disse que acataria se houvesse deliberação da Executiva. Pedi mais alguns dias para fazer a transição necessária", disse Fraga.

O presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), disse que todos os filiados terão de sair da administração do Distrito Federal, mas não fixou um prazo para isso. "Quem não seguir esta diretriz pode ser advertido, suspenso ou expulso. Todos aqueles que tiverem pretensão eleitoral deixarão o governo, com certeza. Os que não têm pretensão talvez pretendam continuar no governo e deixar o partido."

Para Maia, a dissolução do diretório e a exigência da saída dos filiados do governo encerra a crise no DF no que se refere ao DEM. "A sensação é de dever cumprido. O partido passou por essa crise e respondeu da forma adequada."

Maciel, por sua vez, disse que vai conversar com filiados no DF e não quis fixar um prazo para a transição. "Não quero fixar prazo porque isso tudo envolve negociação, conversa, fixação de critérios, reorganização do diretório. A atividade política recomenda, sobretudo, ouvir."

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