A Gazeta do Povo procurou os presidentes das câmaras de Matinhos, Guaratuba, Quatro Barras e São Miguel do Iguaçu para que explicassem o motivo de haver pagamentos rotineiros de diárias de viagens aos vereadores. A reportagem só conseguiu explicações de dirigentes dos legislativos de Matinhos e de São Miguel. Ambos negaram haver irregularidades no pagamento.
O presidente da Câmara de Matinhos, Sandro Moacir Braga, disse que a incorporação das diárias ao salário dos vereadores nos dados enviados ao Tribunal de Contas (TC) ocorreu devido a um erro do software que faz o envio das informações ao órgão.
Ele ainda negou irregularidades no pagamento mensal de diárias. "Não há ilegalidade no pagamento destas diárias. A Lei Orgânica permite e nós autorizamos", disse. Braga afirma também que o pagamento de valores idênticos todos os meses é normal. "Os cursos sempre ocorrem no período de quatro dias. Por isso são liberadas quatro diárias que somam o valor de R$ 1,4 mil."
Em São Miguel do Iguaçu, quem falou com a reportagem foi o assessor jurídico da Câmara, César Augusto Schommer. Ele disse que não há problemas com os valores da diárias pagas mensalmente e com valores idênticos. "Os vereadores frequentaram cursos e isso proporcionou economia para o município. Nos últimos anos foram devolvidos quase R$ 1 milhão para a prefeitura pela Câmara. Os valores são parecidos porque é o prazo médio das viagens."A reportagem deixou ainda mensagens no celular do presidente da Câmara de Quatro Barras, Olair Ribeiro Lago, solicitando retorno da ligação. Mas, até o fechamento da edição, não recebeu resposta. A solicitação de entrevista também foi gravada no celular do presidente da Câmara de Guaratuba, Paulo Eder de Araújo, que também não ligou de volta. O vereador Claúdio Nazário da Silva, secretário da Câmara local disse que não tinha informações sobre o assunto e que somente Araújo poderia falar.
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