A candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva, visitou nesta quarta-feira (7) a 42ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
Ela criticou a disputa pela paternidade do Bolsa Família, programa social que é uma das marcas do governo Lula e que os tucanos afirmam ter derivado de ações desenvolvidas em gestões do PSDB.
"Vejo como insegurança [a disputa pela paternidade do Bolsa Família]. Quando se tem compromisso visceral, como teve o presidente Lula e como eu sei que eu tenho pela minha trajetória, não precisa concorrer para mostrar quem é mais comprometido com o pobre", disse. "Esse compromisso é algo que se tem no DNA."
Segundo Marina, as pessoas "sabem quem tem compromisso e quem às vezes fica falando porque é período eleitoral". Ela afirmou que, se eleita, manterá o Bolsa Família e implantará uma terceira geração de programas sociais, combinados com ações educativas e profissionalizantes.
Código Florestal
Ao ser questionada sobre a aprovação de mudanças no Código Florestal, aprovadas em comissão na Câmara dos Deputados, a candidata do PV afirmou que foi um retrocesso e um desserviço ao país.
"Foi um grande retrocesso para a legislação ambiental". A sociedade deve agora se preparar para um segundo momento no Senado. Eu espero que a sociedade possa dialogar como fez em relação ao Ficha Limpa", disse.
Para a senadora, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), ao revogar o artigo 1º do Código Florestal em seu parecer, "disse que nós brasileiros não somos donos da floresta". "Isso é um desserviço à sociedade."
Em seu segundo dia de campanha, Marina fez um corpo-a-corpo com lojistas e vendedores de calçados na Francal e posou para fotos ao lado de simpatizantes. Ela falou sobre o setor atacadista, dizendo que é um área importante para a geração de empregos no país e defendeu políticas de incentivo e aperfeiçoamento do setor. "A ideia aqui é, inclusive, sobre como controlar os mecanismos de combate à concorrência desleal."
Programa de governo
A candidata foi perguntada sobre o fato de o PT ter enviado uma versão que disse ser equivocada do programa de governo, substituído horas depois. "Prefiro falar do meu programa, porque assinei embaixo e sabia o que estava enviando."
Perguntada se era motivo de preocupação a candidata petista ter rubricado as páginas do documento sem perceber que se tratava da versão errada, Marina evitou polemizar.
"Preocupante é assumir um compromisso que depois não consegue cumprir. Eu vejo que isso acontece muito nessa campanha porque os mesmos que estão dizendo que vão fazer isenção de impostos são os que ficaram por 16 anos e não fizeram", disse.
Minas Gerais
De acordo com a assessoria da candidata, à tarde, Marina segue para Minas Gerais, onde cumpre agenda em Belo Horizonte. Na capital mineira, ela deve inaugurar mais uma Casa de Marina. A iniciativa é uma espécie de comitê residencial. Na quinta-feira (8), ela estará em Uberaba, Uberlândia e Araguari.
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