As planilhas de pagamentos da Odebrecht a cerca de 200 políticos encontradas pela Polícia Federal e que vieram a público nesta quarta-feira (23) trazem “codinomes” curiosos para alguns dos envolvidos.
Os documentos, apreendidos em um endereço do executivo da empreiteira Benedicto Barbosa Júnior na 23ª fase da Lava Jato, em fevereiro, trazem dados de repasses que os investigadores apuram se foram doação eleitoral ou propina, em uma espécie de contabilidade paralela da empresa.
As planilhas trazem, em alguns casos, além do nome dos políticos – e seu cargo, cidade, partido e empresa de origem do repasse –, um campo de “codinomes”.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por exemplo, tem o apelido de “Caranguejo” nos documentos. Nesta quarta, ao comentar as listas, ele riu e disse que desconhecia a origem do apelido. Não sei o que quiseram dizer com isso, quem apelidou é quem tem que dizer”, afirmou.
Veja abaixo uma lista de políticos e seus apelidos na planilha da Odebrecht:
José Sarney, o Escritor
Ex-senador e ex-presidente (PMDB-AP)
Renan Calheiros, o Atleta
Presidente do Senado (PMDB-AL)
Eduardo Paes, o Nervosinho
Prefeito do Rio de Janeiro (PMDB-RJ)
Eduardo Cunha, o Caranguejo
Presidente da Câmara (PMDB-RJ)
Humberto Costa, o Drácula
Senador (PT-PE)
Lindbergh Farias, o Lindinho
Senador (PT-RJ)
Jacques Wagner, o Passivo
Secretário da Presidência (PT-BA)
Manuela D’Ávila, o Avião
Deputada federal (PCdoB-RS)
Sergio Cabral, o Proximos
Ex-governador do Rio de Janeiro (PMDB-RJ)
Romero Jucá, o Cacique
Senador (PMDB-RR)
Jarbas Vasconcelos Filho, o Viagra
Deputado federal (PMDB-PE)
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