Quando foi eleito no início do ano passado para o cargo de presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não imaginava que veria seu poder se esvair antes mesmo de concluir o mandato. A eleição foi a primeira vitória e o ápice do prestígio do parlamentar, que derrotou o candidato do Palácio do Planalto, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) já no primeiro turno, com 267 votos. Denúncias de corrupção e a queda de braço com o governo federal, porém, fizeram com que a situação de Cunha piorasse a cada dia, levando o parlamentar do céu ao inferno em um ano e sete meses, em um processo que culminou com a sua cassação nesta segunda-feira (12).
Os deputados votaram o parecer do Conselho de Ética que pedia a perda do mandato de Cunha por quebra de decoro parlamentar - ele foi acusado de mentir na CPI da Petrobras quando perguntado se possuía contas no exterior. Perdendo o mandato o mandato, Cunha ficará inelegível por oito anos e as investigações sobre sua participação na Lava Jato passam a ser comandadas pelo juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, responsável por conduzir com mãos pesadas as ações em primeira instância.
Confira a trajetória do deputado e as denúncias que pesam contra ele:
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