Documentos contábeis da agência de publicidade DNA foram apreendidos nesta quinta-feira em uma operação conjunta das polícias Civil e Federal e do Ministério Público em uma casa no bairro Flamengo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A CPI dos Correios aprovou a ida da senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) e dos deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Onix Lorenzoni (PFL-RS) a Belo Horizonte para acompanhar a investigação.
A operação era para cumprir mandado de prisão por homicídio contra o carcereiro aposentado da Polícia Civil, Marco Túlio Prata, acusado de vários crimes e suspeito também de tráfico de armas. Os policiais tinham ainda um mandado de busca para apreensão de armas e encontraram dentro da casa granadas, grande quantidade de munição, explosivos e armas de uso exclusivo das Forças Armadas.
No quintal da casa, para surpresa dos policiais, havia dois tóneis, com dois metros de altura, com documentos parcialmente queimados, que tinham o timbre da empresa DNA. Outras dez caixas com documentos intactos da empresa, entre eles centenas de notas fiscais, foram encontrados durante a operação e todo o material foi lacrado para perícia.
Segundo os policiais, o irmão do ex-carcereiro, Marco Aurélio Prata, é um dos donos da empresa Prata Contabilidade, que presta serviços à agência DNA, que tem como um dos sócios o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do suposto mensalão.
O carcereiro Marco Aurélio Prata e o filho dele, Vinicius Prata Neto, foram presos pelos policiais e levados para a Corregedoria da Polícia Civil. Segundo os policiais, os dois resistiram à prisão e receberam os policiais na porta da casa, de arma em punho, mas acabaram se entregando.