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Novos documentos a que a Gazeta do Povo e a RPC TV tiveram acesso levantam indícios de que quatro empresas foram usadas para receber quase R$ 1,3 milhão em recursos da licitação da Câmara de Vereadores de Curitiba.

Os donos de três agências negam que tenham prestado serviço e recebido recursos do legislativo municipal. No centro desse novo esquema está o contador Luis Francisco Rodrigues que tem ligação com as quatro empresas: a Signon Comunicação e Marketing, Nani Matias Publicidade, Palavras, Palavras Comunicação e Munhoz e Linhares.

Os documentos obtidos pela reportagem mostram que é a letra de Rodrigues que aparece nas notas fiscais das quatro empresas. As agências não tinham empregados e não funcionavam nos endereços registrados na Junta Comercial, na época do contrato de licitação da Câmara, de 2006 a 2011.

O pagamento de quase R$ 1,3 milhão foi feito pela empresa Visão Publicidade, que juntamente com a Oficina da Notícia, venceu a licitação para administrar a verba de R$ 34 milhões de publicidade do Legislativo municipal.

A licitação está sendo investigada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado (TC) que comprovaram irregularidades, como o direcionamento do certame para a Oficina da Notícia, empresa que pertence a jornalista Cláudia Queiroz, ex-mulher de João Cláudio Derosso (sem partido, ex-PSDB). Derosso deixou a presidência da Casa e perdeu o mandato de vereador por decisão do Tribunal Regional Eleitoral por causa das denúncias na licitação de publicidade.

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