O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta quinta-feira (11) ser "natural" que os partidos da base aliada tenham a pretensão de que emendas para suas bases eleitorais sejam liberadas pelo governo e afirmou que a questão não deve ser vista com "preocupação". Ele negou que haja crise entre o governo e o Congresso, apesar da ameaça de partidos da base de votar a favor da instalação da CPI da Corrupção, proposta pela oposição.
"Eu acho que os deputados têm razão ao pretender levar emendas para suas bases. O governo está começando e se preparando para liberá-las, de modo que não há nenhuma perspectiva de acidente ou preocupação na relação entre Executivo e Congresso Nacional. É de uma harmonia absoluta", afirmou, em entrevista concedida após participar da cerimônia de premiação "As Melhores da Dinheiro 2011", promovido pela revista Isto É Dinheiro.
Temer disse que as relações do Executivo e do Congresso se baseiam muitas vezes em alguns "pequenos acidentes", mas voltou a dizer que não há motivo para preocupação. "A tranquilidade que nós temos quanto à relação entre o Executivo e o Congresso Nacional vem sendo demonstrada pela palavra de vários líderes, que têm se manifestado ao longo do tempo. Há uma interação, uma ação conjunta que é importante para o Executivo e importante para o Brasil", afirmou.
O vice-presidente afirmou ainda que a possibilidade de que a base aliada vote a favor da instauração da CPI da Corrupção é pequena, mas evitou polemizar e disse que a decisão cabe ao Congresso. "Eu tenho a impressão de que todos os que conversam conosco aparentemente não pretendem instituí-la, mas essa é uma decisão do Congresso Nacional. Nós, do Executivo, não temos que dar palpite sobre isso."
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