Pressionado por partidos a oficializar seu nome para a disputa pela Presidência da Câmara em 2015, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta quarta-feira (12) que sua candidatura é real e será "irremovível". O peemedebista planeja lançar no dia 2 de dezembro sua campanha. A ideia é assegurar que os partidos comecem a formalizar apoio. "Como tenho sentido nas minhas conversas com outros partidos que há uma cobrança sempre se a minha candidatura ficará e persistirá até o último momento, a partir deste momento, minha candidatura é irremovível", afirmou Cunha após a bancada de deputados.
"A minha candidatura será levada ao plenário em qualquer circunstância. Vou fazer o lançamento no dia 2 de dezembro", afirmou. Ele negou que haja um conflito ou movimentação do vice-presidente Michel Temer para desidratar sua candidatura. "Pelo contrário, ele quer hidratar minha candidatura", afirmou.
Segundo Cunha, a única preocupação de Temer era para que sua candidatura não ficasse caracterizada como de oposição. O líder afirmou que está disposto a conversar com o PT, mas indicou que não fará esforços.
Sem problemas
Temer --que ocupa o cargo de presidente em exercício durante viagem de Dilma Rousseff-- minimizou hoje os impactos que uma possível eleição de Cunha traria ao Planalto, dizendo que isso não traria problemas para a governabilidade. "Não, não traz não [problemas]. Acima de todos nós, acima de mim, do presidente da Câmara, do Senado, de todos os Poderes está a Constituição. A Constituição determina a harmonia entre os poderes. Quem for eleito estará harmonizando a atividade do Legislativo com o Executivo", disse.
Questionado sobre a sucessão na Câmara, Temer não quis comentar o processo e disse que isso cabe apenas ao Congresso."O que eu tinha pra falar eu já falei. Eu não falo mais sobre isso. Esta é uma matéria do Congresso Nacional. E a Câmara e o Senado decidirão da melhor maneira porque é competência do Congresso", disse.
Cunha recebeu o apoio do Solidariedade e deverá ter a adesão de outros partidos --PMDB, PTB, PR, PSC. Ele também conversa com partidos nanicos que prometem compor um bloco de 24 deputados.
Apesar de liderar na Câmara o maior partido aliado ao PT na coalizão de Dilma Rousseff, Cunha não é bem visto pelo Planalto pela razão, entre outras, de ter liderado rebeliões contra o governo no ano passado.A eleição para a Presidência da Câmara será realizada no início de fevereiro. O PT deverá lançar candidato para concorrer com o deputado. Os grandes partidos de oposição também estudam lançar um nome.
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