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O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), votou na manhã deste domingo (5) numa escola estadual do Bairro do Socorro zona sul de São Paulo. Após votar, Chinaglia disse acreditar que a divisão no PSDB paulistano é um trunfo para a candidata do seu partido, Marta Suplicy - "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB) -, e que o grande desafio dela, caso passe ao segundo turno da eleição, será atrair eleitores de outros candidatos.

"Os tempos de TV e rádio serão iguais e a coordenação da campanha tem que ver as possibilidades de apoios formais e informais para o segundo turno", disse Chinaglia. "Muita gente diz que o segundo turno é outra eleição. Depende. O que foi falado para todos no primeiro turno, as declarações e os ataques serão um trunfo para a Marta", ponderou.

Segundo Chinaglia, outra idéia da qual discorda é a de que a eleição em São Paulo projeta já um sinal da disputa em 2010 - entre o candidato mais forte da aliança PSDB-DEM, José Serra, e o candidato do PT. "Não partilho desse automatismo. Em São Paulo quem ganhar ou perder vai ganhar ou perder por pouco. Demonstra que é forte. Não dá um caráter definitivo, a não ser na disputa política local", disse. "É claro que ganhar sempre é melhor. Mas nós perdemos em 1989 com o Lula e tínhamos a Prefeitura de São Paulo. Isso não garantiu a vitória. São Paulo é importante, mas não é decisiva para a disputa presidencial, que é muito complexa envolve mais conjunturas do que eleições municipais".

Segundo ele, quem ganhar vai "bater o bumbo" com mais euforia, mas isso não terá grande influência na eleição presidencial. "O PT pode ganhar quatro cidades no ABC no primeiro turno, que são Mauá, Diadema, Santo André e São Bernardo. Tem Osasco, Guarulhos. Essas eleições dão peso, mas não se transformam em algo automático.

Sobre a influência do "fator Lula" na eleição, ele comentou: "Nenhum candidato, no País inteiro, quer bater de frente com Lula. Todo mundo está desviando de disputar com o Lula. Em São Paulo, isso exige e permite uma disputa de projetos. É uma megalópole que não pode ser administrada como uma cidade qualquer, na minha opinião", afirmou.

Chinaglia disse que, no Rio de Janeiro, se Fernando Gabeira (PV) passar para o segundo turno, não terá o apoio do PT. Primeiro, porque "a alavancagem da campanha dele vem do PSDB". Eduardo Paes deverá ser apoiado pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Paes vai ganhar. Ele pelo menos tem uma posição" disse o deputado, alfinetando o candidato Gabeira, a quem chamou de "mentiroso" nas tribunas da Câmara.

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