A presidente do PSOL se desfiliou na segunda-feira (18) do partido e no lugar de Vilson Machado vai apoiar o candidato Amadeu Felipe (PCB) nas eleições de outubro. A socióloga Rosemary Batista de Oliveira tomou a decisão depois de considerar que o partido local deveria ter obedecido a conferência nacional que orientou a coligação do PSOL com o PCB e o PSTU (este último não existe em Londrina).
A socióloga afirmou que Machado não é "socialista de fato" e se comporta "como um liberal", na medida em que tentou forçar "um projeto pessoal" que bloqueou a aliança com o PCB de Amadeu Felipe. Machado é ex-integrante do PT, partido pelo qual concorreu a vereador nas eleições passadas. "Deveríamos ter saído unidos. Não dá para deixar o PCB e o PSOL sozinhos, cada um com uma candidatura. Essa posição só nos enfraquece", atesta. Ela afirma que Amadeu Felipe não está sendo convocado para alguns debates porque o partido dele não tem representação na Câmara Federal. Se houvesse a coligação, justifica, esse problema não existiria. Com a ex-presidente, outros três militantes também deixaram o PSOL, que tem hoje 40 oficialmente filiados.
"Ninguém é obrigado a coligar com ninguém", contra-ataca Wilson Trindade, vice de Vilson Machado. "Deveríamos compor com o PCB, mas democraticamente. O PCB, porém, decidiu que o PSOL teria a vice-candidatura da chapa. Tentaram impor e não aceitamos. A (ex) presidente queria ser vice do Amadeu", afirmou. Trindade diz que a campanha "segue tranqüilamente" e que não haverá prejuízos para o PSOL. "Ela não estava ajudando em nada mesmo. Pisou na bola", alegou. Machado estava ontem em viagem e não foi localizado pelo celular.