Alberto Carlos de Almeida, doutor em Ciência Política pelo Iuperj, diretor do Instituto Análise e escritor - Foto ao lado.
"Foi um debate em que ninguém se saiu melhor. Digo isso pensando em Serra e Dilma, porque ficou exposta a total falta de preparo dos outros dois candidatos. O início dos dois foi bem nervoso, depois o Serra se colocou como candidato de oposição. Isso vai levar à derrota dele, não se colocou como um candidato de continuidade. Estavam muito nervosos no início, depois se soltaram. Acho que o debate não influenciou."
Maria Lúcia Victor Barbosa, especialista em Ciência Política, professora aposentada e escritora - Foto 1.
"O Serra teve uma retórica mais concreta, mas faltou apimentar um pouco os três principais temas, de educação, saúde e segurança. Acho que ele não quis levantar muitos temas polêmicos, pois nesses casos o adversário vira vítima. Faltou uma crítica mais consistente. A Dilma ficou mais no marketing, a descrição que ela faz do Brasil não se baseia na realidade. Ela foi treinada e vai na linha do Lula, fala em antes de nós e depois de nós. A Marina foi bem, ela fala coisas concretas. "
Carlos Luiz Strapazzon, professor de Ciência Política e Direito Constitucional e doutorndo em Direito UFSC - Foto 2.
"Não gostei. Os dois principais candidatos estavam com atitudes pouco propositivas. A Dilma tentou defender o governo Lula e o Serra quis apontar certos deslizes do governo. Se atrapalharam demais, inverteram questões e trataram de detalhes muitos específicos, como cirurgia de catarata e indústria naval. Tive a impressão de que eram secretários de Estado falando, gente de terceiro escalão, e não estrategistas. Deixaram de salientar grandes temas, como ciência e tecnologia ou infraestrutura. Não achei que vieram com discursos propostivos à altura de presidenciáveis. A Dilma estava claramente nervosa e o Serra precoupado em mostrar uma crueldade do governo. Foram ataques com características emocionais. "